quarta-feira, 22 de junho de 2011

Síndrome de Burnout, doença relacionada ao trabalho


Se você é profissional da área de Tecnologia da Informação, Medicina, Engenharia, Vendas,  Marketing, Educação, Finanças, Recursos Humanos, Operações, Produção e Religião, fique atento.

Você atua em áreas estressantes que podem provocar a Síndrome de Burnout, identificada em 1974 nos Estados Unidos pelo pesquisador Freunderberger, a partir da observação de desgaste no humor e na motivação de profissionais de saúde com os quais trabalhava.

Apesar da associação do distúrbio com o perfil de trabalhadores já mencionados, ele pode afetar executivos e donas de casa também. Embora não haja dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, os consultórios médicos e psicológicos registram um constante aumento do número de pacientes com relatos de sintomas típicos da doença.

As principais características são um tipo de estresse ocupacional em que  a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

É bom ficar atento porque os sintomas podem ser confundidos com o do estresse convencional, mas no Burnout há o acréscimo da desumanização, visualizado através de atitudes negativas e grosseiras para com as pessoas com as quais se relaciona em casa, na faculdade e no trabalho.

Essa síndrome é sempre relativa ao mundo do trabalho e a doença atinge pessoas sem antecedentes psicopatológicos. Afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato próximo com outros indivíduos e dos quais se espera uma atitude, no mínimo, solidária com a causa alheia.

Existe uma característica comum entre os que desenvolvem a Síndrome de Burnout: são excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os outros e  têm maior dificuldade para lidar com situações difíceis.

Pessoas com idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo, rigidez também podem ser atingidos pela doença.

É preciso deixar claro que a Síndrome de Burnout não deve ser confundida com estresse ou depressão. No primeiro caso, o aparecimento dos sintomas psicossomáticos (dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia, alterações menstruais) sugere muito mais um estresse ocupacional crônico, algo que os estudiosos do assunto definem com tentativa de adaptação a uma situação claramente desconfortável no trabalho.

Em relação à depressão, chegou-se a cogitar uma sobreposição entre Burnout e depressão, no entanto, tratam-se de conceitos distintos. O que ambos têm em comum é a disforia, o desânimo.

Na  avaliação das manifestações clínicas, são encontrados  nos depressivos uma maior submissão à letargia e a prevalência aos sentimentos de culpa e derrota, enquanto nas pessoas com Burnout são mais marcantes o desapontamento e a tristeza.

Principais características da Síndrome de Burnout:
SINTOMAS EMOCIONAIS: avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima.

MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, lapsos de memória.

ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: maior consumo de café, álcool e remédios, faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento paranóico (tentativa de suicídio) e/ou agressividade.



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