sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os perigos da mistura de medicamentos

Embora haja campanhas freqüentes que condenam a automedicação, a prática ainda faz parte da vida de muitas pessoas, que ignoram os riscos que correm e desconhecem a informação de que um remédio pode anular ou diminuir os efeitos de outro.

O captopril, por exemplo, recomendado para aliviar a pressão alta, é um dos remédios mais vendidos no Brasil. É comum a sua associação com aspirina, usada pelas pessoas para prevenir ataques cardíacos. "O ácido acetilsalicílico, ou seja, a aspirina, pode interferir nas ações dos inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), como o captopril, comprometendo o tratamento da hipertensão", lembra Antônio José Lapa, chefe do Departamento de Farmacologia da Unifesp.

Lapa diz que quem toma inibidores da ECA não deve evitar a aspirina,  principalmente se ela foi prescrita pelo médico, mas deve manter a pressão sanguínea bem monitorizada.

Muitas pessoas com pressão arterial elevada também sofrem de artrite. A combinação de alguns medicamentos que exigem receita médica para o primeiro problema e o excesso de remédios que não exigem receita médica para o segundo pode interferir na ação da medicação para pressão sanguínea.

Por exemplo, quem toma beta-bloqueadores como propanolol e atenolol deve consultar o médico antes de ingerir antiinflamatórios não-esteroidais (NSAIDs), como ibuprofeno e naproxeno.

Os ingredientes ativos de muitos antiácidos podem reduzir a absorção de alguns antibióticos - tetraciclinas e ciprofloxaxinas. Em alguns casos, eles podem quase anular os efeitos do antibiótico e impedir a cura de infecções mais severas. Os pacientes devem perguntar ao médico se podem tomar os medicamentos associados.
Fonte: Uol

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